quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

livros goticos

Gordon, o tio de Stephanie escrevia contos de terror. Pelo menos era isso que ela pensava... até ele morrer e lhe deixar toda a sua fortuna. É então que ela descobre que os livros dele são de terror, sim, mas as histórias não são propriamente inventadas! Vendo-se mergulhada num assustado mundo de vampiros, vilãos demoníacos e Homens-Ocos, Stephanie consegue a mais improvável das ajudas: Skulduggery Pleasant, o sarcástico esqueleto de um defunto mágico. Quando a coisa dá realmente para o torto, ainda bem que Stephanie não é a típica e habitual miúda de doze anos - e ainda bem que Skulduggery já morreu! Será que o Mal vai vencer? Conseguirão Stephanie e Skulduggery deixar de implicar um com o outro o tempo suficiente para salvar o mundo? Uma coisa é certa: os maus nem sabem o que os espera!








Depois da morte de Serpine, o mundo recuperou a sua ordem e tudo parecia estar, de novo, em segurança. Pelo menos, era o que Valkyrie e Skulduggery julgavam... Até que o lendário Barão Vengeous leva a cabo uma sangrenta fuga da prisão e tudo sofre uma reviravolta: cadáveres e vampiros aparecem pelos quatro cantos da Irlanda.
Com o Barão Vengeous partindo à conquista da mortífera armadura de Lord Vile, - e com praticamente toda a gente a querer matar Valkyrie - os dois corajosos detectives enfrentam o seu maior desafio de sempre.
Mas... e se a maior ameaça para Valkyrie estiver a dois passos da sua própria casa...?









Quando tudo estava de novo em paz, uma série de estranhos homicídios acontece. Os Sem Rosto estão de volta para tentarem, uma vez mais, acabar com o mundo.
Felizmente, a destemida dupla de detectives Skul e Valkyrie vai investigar os estranhos homicídios e descobrir quem está por detrás destas inesperadas mortes. Decididos a travar os temíveis Sem Rosto, vão lutar com todas as suas forças para impedir o fim do mundo.
Será que Skul e Valkyrie vão conseguir?









data de lançamento para os proximos dois livros (dias sombrios e cela mortal) 2011,e para o sexto livro-2012...




A estreia do monge Giordano Bruno, mágico, cientista e herege, numa nova série de thrillers históricos para fãs de C. J. Sansom e da Inglaterra da época de O Nome da Rosa.
Inglaterra, 1583. Um país inundado pela paranóia e pela conspiração, mas um porto de abrigo para um monge radical em fuga. Giordano Bruno, com as suas teorias de astronomia, fugiu da Inquisição para a corte de Isabel I. Ali, atrai as atenções de Francis Walsingham, chefe dos espiões e inimigo dos conspiradores católicos. Bruno é infiltrado na Universidade de Oxford, que se crê ser um antro de dissidentes franceses. Rapidamente Bruno dá por si envolvido nas intrigas do colégio universitário e distraído por uma bela jovem. Pouco depois, começa a investigar uma série de assassinatos horríveis, relacionados entre si por cartas com pistas. As cartas sugerem que as vítimas eram culpadas de heresia. Mas estará Bruno a ser ajudado ou induzido em erro, ou será ele o próximo alvo? Perseguindo um assassino astuto e determinado pelos claustros sombrios de Oxford, Bruno apercebe-se de que nem sempre os sábios conseguem distinguir a verdade da heresia. Mas alguns estão prontos a matar por ela!

proximos livros previstos para 2011,2012,2013...



proximos livros serao postados neste blog muito em breve...

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

os 4 elementos da natureza

TERRA
O elemento da TERRA é vital para a produção de alimentos, afim de que a humanidade possa formar corpos perfeitos, os quais são suas manifestações neste planeta, para as atividades espirituais e cósmicas. Vemos a ação benéfica da terra nas lindas paisagens, na vida dos pássaros, nas flores, nos belos minerais e naturalmente na produção dos vegetais. Sua ação destruidora é demonstrada nos desmoronamentos, vulcões em atividade e terremotos.







AGUA


O elemento da Água está relacionado com o corpo emocional, e de sua depuração resulta a pureza deste corpo. No plano físico, é um grande agente de limpeza e um dos muitos fatores necessários para contrabalançar as condições da atmosfera e da produção agrícola. Sua atividade destrutiva é demonstrada em enchentes, furacões e afogamentos, nos quais perecem homens e animais.
A manifestação de que este elemento, bem como todos os outros podem ser controlados foi demonstrado pelo Mestre Ascensionado Jesus, quando Ele acalmou as águas turbulentas do mar da Galiléia.  


FOGO


O elemento do Fogo é o mais importante, pois ele é uma expressão do Fogo Sagrado, de onde procedem a Chama Violeta e suas congêneres. Uma de suas atividades construtivas, no plano físico, é purificar através da incineração de detritos e de corpos humanos, a qual permite o retorno dos respectivos elementos ao Sol, para uma repolarização. A atividade destrutiva do fogo é demonstrada na queima de construções e florestas e também em relâmpagos, na tempestade e no uso de armas de fogo, bombas etc..


AR




O elemento do Ar é muito importante para a manutenção da vida no plano físico, pois sem o ar, as pessoas não podem viver por qualquer período de tempo.Usando um consciente controle da respiração, vós podeis, não somente harmonizar vossos corpos, tornando-os Templos do Deus Vivente - EU SOU - mais perfeitos, mas também purificar seu meio ambiente. A atividade benéfica fo ar é sentida na brisa tépida ou fresca, onde quer que ela seja solicitada. O ar constitui tembém o meio de acionar barcos e navios em oceanos e mares, bem como aviões. Vemos sua atividade destruidora nos furacões, ciclones, tempestades.
"Ar, meu sopro..."
Nos ventos, nas brisas, na nossa respiração... sentimos o sopro de vida vindo do Universo.
O ar é um fio condutor que nos une ao Grande Pai e a Grande Mãe. Ao nascer, nós iniciamos este ritual da respiração: inspirar e expirar, onde a vida e a morte se encontram continuamente, ensinando-nos a lição mais importante no ato de viver que é compreender a própria morte como parte inseparável da vida.





elementais (criaturas que habitam os 4 elementos)

Silfos

Elementais do Ar.
Os silfos são provenientes da mitologia grega. Os silfos são espíritos que vivem tanto no ar como na água. Na raça dos silfos encontramos os Wallotes, pertencentes ao sexo masculino e as Arienes, pertencentes ao sexo feminino. Embora apresentem sexos diferenciados, não se reproduzem, pois são compostos em sua totalidade de ar e luz.

Os silfos são responsáveis pela purificação do ar e por manterem a pressão atmosférica. Esse trabalho é percebido nas mudanças alquímicas do tempo e ciclos de fotossíntese e precipitação. Esses seres são mestres, que expandem e contraem seus corpos de ar de níveis microcósmicos à macrocósmicos. Sempre mantendo a chama para o reino da mente, que corresponde ao plano ou corpo de ar.
O rei dos silfos é conhecido como Paralda.
Os silfos nos ajudam a conservar e desenvolver corpo e mente e estimulam a inspiração e a criatividade. Trabalham também para elevar nossos pensamentos e inteligência, equilibrando o uso conjunto das faculdades racionais e intuitivas.
No último discurso de Sócrates(filosofo grego), tal como foi preservado no Fédon de Platão, o filósofo condenado à morte diz: “… acima da Terra, existem seres vivendo em torno do ar tal como nós vivemos em torno do mar, alguns em ilhas que o ar forma junto ao continente; e numa palavra, o ar é usado por eles tal como a água e o mar o são por nós, e o éter é para eles o que o ar é para nós. Mais ainda, o temperamento das suas estações é tal, que eles não tem doenças e vivem muito mais tempo do que nós, e têm visão e audição e todos os outros sentidos muito mais agudos que os nossos, no mesmo sentido que o ar é mais puro que a água e o éter do que o ar. Eles também têm seus templos e lugares sagrados em que os deuses realmente vivem, e eles escutam suas vozes e recebem suas respostas; são conscientes da sua presença e mantêm conversação com eles, e vêem o Sol, a Lua e as estrelas tal como realmente são. E todas suas bem-aventuranças são desse gênero”.
Eles são os mais altos de todos os elementais, já que seu elemento nativo é o de mais alta taxa vibratória. Vivem centenas de anos, freqüentemente atingem um milênio de idade e nunca parecem envelhecer.
O líder dos silfos é chamado Paralda e afirma-se que vive na mais alta montanha da Terra.
Alguns acreditam que os Silfos se reúnem em torno da mente de um sonhador, dos artistas, dos poetas, e os inspiram com seu conhecimento íntimo das maravilhas e obras da natureza.
Seu temperamento é alegre, mutável e excêntrico. A eles atribuem a tarefa de modelar os flocos de neves e arrebanhar as nuvens, tarefa esta que desempenham com a ajuda das Ondinas, que lhes fornecem a umidade.

Salamandras

Elemental do fogo.
Sem elas, o fogo material não pode existir; um fósforo não pode ser aceso e nem a pólvora produzirá suas chispas.
O homem é incapaz de se comunicar adequadamente com as salamandras, pois elas reduzem a cinzas tudo aquilo que se aproxima. Muitos místicos antigos preparavam incensos especiais de ervas e perfumes, para que quando queimados, pudessem provocar um vapor especial e assim formar em seus rolos a figura de uma salamandra, podendo assim sentir a sua presença.

Muitas salamandras são vistas na forma de bolas ou línguas de fogo correndo através dos campos ou irrompendo nas casas. Para muitos aqui no Brasil, costuma-se chamar estas aparições de “fogo-santelmo”.
Porém, a maioria dos místicos afirma que as salamandras são seres gigantes, imponentes e flamejantes em roupas fluídas, com uma armadura de fogo. Elas são os mais poderosos dos elementais e têm como seu regente um magnifíco espírito flamejante chamado Djim, terrível e aterrorizante na sua aparência.
Os antigos sábios sempre foram advertidos para manter-se a distância delas, pois os benefícios derivados do seu estudo freqüentemente não eram proporcionais ao preço que se pagava por eles.
Elas possuem especial influência sobre as criaturas de temperamento ígneo e tempestuoso. Tanto nos animais como no homem, assSalamandras trabalham através da natureza emocional por meio do calor corpóreo, do fígado e da corrente sanguínea. Sem sua assistência, não haveria calor.
Nome genérico dos anfíbios da ordem Caudata, do qual há centenas de espécies. Exemplos: Tritão, Salamandra-de-Fogo. O Tritão-ibérico (Triturus boscai) pode atingir 10 cm. O Megalobatrachus japonicus chega a medir cerca de 1,60m. Hibernam no inverno.
Um tipo de lareira ou fogão de ferro.

Sereias,Ondinas e Ninfas

Ondinas - Vivem nos riachos, nas fontes, no orvalho das folhas sobre as águas e nos musgos. São reconhecidos por terem o poder de retirar das águas a energia suficiente p/ a sua luminosidade, o que permite ao homem, por muitas vezes, percebê-los em forma de um leve "facho de luz".

Sereias - São elementais conhecidos como metade mulher e metade peixe, delicados e sutis, com o poder de encantar e hipnotizar o homem com seu canto.


Ninfas - São elementais que se assemelham às ondinas, porém um pouco menores e de água doce. Apresentam-se geralmente com tons azulados, e como as ondinas maiores, emitem suas vibrações através de sua luminosidade. A diferença básica entre uma e outra, encontra-se na docilidade e beleza das ninfas, que parecem "voar" levitando sobre as águas em um balé singular.

Gnomos e Duendes

Gnomos - Considerados os guardiães dos minerais, com a capacidade de perceber e sintonizar o fluxo de crescimento destes minerais (das rochas), propiciando a sua manifestação e evolução, chegando a transformar a rocha em cristal. A teoria baseia-se no princípio das assências elementais. A rocha (essência elétrica comprovada) permitiu a manifestação da essência elemental (suposta) que impulsionada gerou o cristal.




Duendes - Seguem o mesmo processo, só que no reino vegetal onde denominam e atuam, propiciando um ciclo de desenvolvimento adequado. Estão ligados à terra energeticamente e influem no curso natural de uma planta por eles regida.

Os domicílios dos elementais da terra são as matas fechadas, rochas e também as margens das lagoas. Como os seus corpos são feitos de substância etérea fina, eles conseguem atravessar os corpos sólidos, como nós atravessamos o ar.
Geralmente possuem suas moradias dentro da terra, próximas à superfície. Vivem em casas e têm a faculdade de atravessar portas e janelas fechadas. Acompanham a vida familiar com muito interesse, mas para os humanos são invisíveis.
Cuidam das flores e plantas, árvores e arbustos com muito amor e alegram-se vendo cada flor que desabrocha. Os gnomos são atraídos pelas pessoas amáveis e dóceis. Brigas, desordem e falta de harmonia são para eles um suplício. O tamanho dos gnomos varia entre 40 e 100cm. Sua aparência assemelha-se muito à dos humanos. Eles adoram, como todos os seres da natureza, imitar os humanos e espelham tudo o que vêem - seja bom ou não.

feiticeiros,lendas,santos e padroeiros

George Pickingill
George Pickingill foi uma lenda de seu tempo, um temido “Homem Sábio” por moradores locais, um homem extremamente procurado e reconhecido entre Bruxos e praticantes do Ocultismo.
George nasceu em 1816, o mais velho dos nove filhos de Charles e Susannah Pickingill. Eles moravam em uma pequena vila em Essex chamada Hockley. Mais tarde ele se mudou para uma vila próxima de Canewdon onde ele morreu em 1909.
“Old George” como ele ficou conhecido era um bruxo hereditário e dizia-se capaz de traçar a sua ancestralidade por séculos, até o chegar em “Julia – A Bruxa de Brandon”, uma mulher que morou em uma vila ao norte da região de Thetford em Norfolk. Julia como a lenda relata, foi contratada para fazer cantos mágicos para as tropas “Harewood the Wake”, inspirando-os na batalha contra os Normandos. Em retaliação, os Normandos incendiaram a vila dela e a levaram para fogueira em 1071. Desde então, cada geração da família Pickingill tem servido como Sacerdote/isa para a Antiga Religião.


Old George  (adaptaçao)

George assim como o pai, era um simples fazendeiro, no entanto, todos que o conheciam o tinham em alta conta. Muitas pessoas de vila tinham medo dele e de suas misteriosas habilidades mágicas. Isto era provavelmente em face de pura ignorância, medo ou superstição que ainda permeava a Bruxaria naquela época. Dentro dos círculos do Ocultismo ele era altamente considerado, sendo consultado por pessoas de todas as regiões da Inglaterra, Europa e Estados Unidos.
Durante o curso de sua vida, George estabeleceu um total de nove Covens. Eles ficavam situados em Norfolk, Essex, Hertfordshire, Sussex, e Hampshire. George em vários aspectos era extremamente zeloso, pois quando ele dava início a um novo Coven; ele insistia que os lideres do novo Coven apresentassem evidencias de que ele ou ela tinham vindo de uma linhagem de Bruxos Hereditários. Cada Coven que ele formou adoraram o “Deus de Chifres (“Horned God”) e usavam um leque básico de rituais, no entanto George mudava com freqüência, rebuscando e introduzindo novos conceitos na medida em que eram experimentados e aprovados. Todos os rituais eram conduzidos por mulheres e envolviam a nudez e a magia sexual.
Aleister Crowley é creditado como tendo sido membro de um de seus Covens durante um período próximo ao ano de 1899. Acredita-se que ele obteve o Segundo Grau antes de ter sido afastado por sua atitude negativa em relação às mulheres e o comportamento deplorável que ele apresentava. Outros pupilos que merecem ressalva são dois Maçons que atendiam pelos nomes de “Hargrave Jennings” e “W.J. Hughan”. Mais tarde, ambos se tornariam fundadores da “Societas Rosicruciana in Anglia”; antecessora da Ordem da Aurora Dourada (Golden Dawn).
Além dos seus famosos “Nove Covens”, “Old George” possuía um lado mais sinistro e que o trouxe notoriedade. George não escondia o seu desprezo por Cristãos e Autoridades Locais. Ele abriu campanha aberta contra a Religião Cristã de tal forma que se aliou com cultos Satânicos. Este posicionamento trouxe um conflito dentre os Mantenedores da Arte, que eram contra este tipo de aliança.
Ao contrário do que existe na crença popular em prol de muitos artigos errôneos e oriundos de uma imprensa sensacionalista da época. Bruxas não acreditam em “culto ao diabo”, nem invocam Satanás durante um ritual para dar andamento com feitos malignos. Satanás e o Diabo são produtos do Cristianismo e não tem nenhum vínculo com a Antiga Religião. A Antiga Religião era praticada largamente antes de o Cristianismo aparecer. Com este fato em mente os Elders (Antigos da Arte) tinham um bom motivo para fazer objeção às argumentações constantemente feitas por “Old George”, preferindo o segredo e a discrição em vez de provocar a atenção popular que ele suscitara.
Depois da morte de Old George em 1909 e passados uns 30 anos, Gerald B. Gardner foi iniciado dentro de um de seus Covens descendente em Hampshire. Ele e outros começaram a escrever abertamente sobre Wicca e Bruxaria. Gardner encontrou com Aleister Crowley pouco antes da morte deste, que concordou em retransmitir tudo o que podia lembrar dos rituais ensinados de Pickingill, os quais Gardner, consequentemente, incorporou em seu Livro das Sombras. Quando em 1951 a antiquada Lei contra a Bruxaria foi abolida, ocasionando um ressurgimento do interesse sobre a Antiga Religião. Muitos Elders (Antigos da Arte) ficaram preocupados, com medo de que a exposição das atividades envolvendo cultos Satânicos e a figura de Old George pudesse trazer alguma distorção ou mesmo prejudicar a imagem recente da Wicca e da Bruxarial Tradicional.
Em prol de estabelecer uma proteção contra isso os Elders (Antigos da Arte) da Tradição Hereditária do Leste da Bretanha conspiraram para desacreditar qualquer reivindicação feita por Gardner e outros sobre a sobrevivência da Bruxaria Hereditária. Inclusive no que diz respeito a erradicação de muitos ‘rastros’ de “Old George” e seus “Nove Covens” ao máximo possível. O resultado disso é que hoje em dia, a real importância das contribuições de Old George para o renascimento da atual Bruxaria, muito provavelmente, nunca será identificada.


São Cipriano

A lenda de São Cipriano – O Feiticeiro – confunde-se com um outro célebre Cipriano imortalizado na Igreja Católica, conhecido como Papa Africano. Apesar do abismo histórico que os afasta, as lendas combinam-se e os Ciprianos, muitas vezes, tornam-se um só na cultura popular. É comum encontrarmos fatos e características pessoais atribuídas equivocadamente. Além dos mesmos nomes, os mártires coexistiram, mas em regiões distintas.

Cipriano – O Feiticeiro – é celebrado no dia 2 de Outubro. Foi um homem que dedicou boa parte de sua vida ao estudo das ciências ocultas. Após deparar-se com a jovem (Santa) Justina, converteu-se ao catolicismo. Martirizado e canonizado, sua popularidade excedeu a fé cristã devido ao famoso Livro de São Cipriano, um compilado de rituais de magia.
A fantástica trajetória do Feiticeiro e Santo da Antioquia, representa o elo entre Deus e o Diabo, entre o puro e o pecaminoso, entre a soberba e a humildade. São Cipriano é mais que um personagem da Igreja Católica ou um livro de magia; é um símbolo da dualidade da fé humana.
Filho de pais pagãos e muito ricos, nasceu em 250 d.C. na Antioquia, região situada entre a Síria e a Arábia, pertencente ao governo da Fenícia. Desde a infância, Cipriano foi induzido aos estudos da feitiçaria e das ciências ocultas como a alquimia, astrologia, adivinhação e as diversas modalidades de magia.
Após muito tempo viajando pelo Egito, Grécia e outros países aperfeiçoando seus conhecimentos, aos trinta anos de idade Cipriano chega à Babilônia a fim de conhecer a cultura ocultista dos Caldeus. Foi nesta época que encontrou a bruxa Évora, onde teve a oportunidade de intensificar seus estudos e aprimorar a técnica da premonição. Évora morreu em avançada idade, mas deixou seus manuscritos para Cipriano, dos quais foram de grande proveito. Assim, o feiticeiro dedicou-se arduamente, e logo se tornou conhecido, respeitado e temido por onde passava.
Vivia em Antioquia a bela e rica donzela Justina. Seu pai Edeso e sua mãe Cledonia, a educaram nas tradições pagãs. Porém, ouvindo as pregações do diácono Prailo, Justina converteu-se ao cristianismo, dedicando sua vida as orações, consagrando e preservando sua virgindade.
Um jovem rico chamado Aglaide apaixonou-se por Justina. Os pais da donzela (também convertidos à fé Cristã) concederam-na por esposa. Porém, Justina não aceitou casar-se. Aglaide recorreu a Cipriano para que o feiticeiro aplicasse seu poder, de modo que a donzela abandonasse a fé e se entregasse ao matrimônio.
Cipriano investiu a tentação demoníaca sobre Justina. Fez uso de um pó que despertaria a luxúria, ofereceu sacrifícios e empregou diversas obras malignas. Mas não obteve resultado, pois Justina defendia-se com orações e o Sinal da Cruz.
A ineficácia dos feitiços fez com que Cipriano se desiludisse profundamente perante sua fé e se voltasse contra o demônio. Influenciado por um amigo cristão de nome Eusébio, o bruxo converteu-se ao cristianismo, chegando a queimar seus manuscritos de feitiçaria e distribuir seus bens entre os pobres.
Em um capítulo de seu livro, Cipriano narra um episódio ocorrido após sua conversão:
“Numa noite de sexta-feira, caminhava por uma rua deserta quando se deparou com quatorze fantasmas. Essas aparições eram bruxas que imploravam ajuda. Cipriano respondeu-lhes que havia se arrependido de sua vida de feiticeiro, e que havia se tornado temente a Jesus Cristo. Logo depois caiu em sono profundo, e sonhou que a oração do Anjo Custódio o livraria daqueles fantasmas. Ao despertar teve uma breve visão do Anjo. Assim, auxiliado pela oração de São Gregório e do Anjo Custódio, esconjurou e livrou a alma atormentada das bruxas.”
As notícias da conversão e das obras cristãs de Cipriano e Justina, chegaram até o imperador Diocleciano que se encontrava na Nicomédia. Assim, logo foram perseguidos, presos e torturados. Frente ao imperador, viram-se forçados a negar a fé cristã. Justina foi chicoteada, e Cipriano açoitado com pentes de ferro. Não cederam.
Irritado com a resistência, Diocleciano ainda lançou Cipriano e Justina numa caldeira fervente de banha e cera. Os mártires não renunciaram, e tampouco transpareciam sofrimento. O feiticeiro Athanasio (que havia sido discípulo de Cipriano) julgou que as torturas não surtiam efeito devido a algum sortilégio lançado por seu ex-mestre. Na tentativa de desafiar Cipriano e elevar a própria moral, Athanasio invocou os demônios e atirou-se na caldeira. Seu corpo foi dizimado pelo calor em poucos segundos.
Após este fato, o imperador Diocleciano finalmente ordenou a morte de Justina e Cipriano. No dia 26 de Setembro de 304, os mártires e um outro cristão de nome Teotiso, foram decapitados às margens do Rio Galo da Nicomédia. Os corpos ficaram expostos por 6 dias, até que um grupo de cristãos recolheu e os levou para Roma, ficando sob os cuidados de uma senhora chamada Rufina. Já no império de Constantino, os restos mortais foram enviados para a Basílica de São João Latrão.
O famoso Livro de São Cipriano foi redigido antes de sua conversão, mas o mistério que envolve a vida do Santo interfere também em seu livro. Uma parte dos manuscritos foi queimada por ele mesmo. A questão é que não se sabe quando, e por quem os registros foram reunidos e traduzidos do hebraico para o latim, e posteriormente levados para diversas partes do mundo.
No decorrer dos anos, o conteúdo sofreu alterações significativas. Houve uma adaptação de acordo com as necessidades e possibilidades contemporâneas; além da adequação necessária na tradução para os vários idiomas. Esses fatores colocam em dúvida a fidelidade das versões recentes, se comparadas às mais antigas.
Atualmente, não é possível falar do Livro, mas sim dos Livros de São Cipriano. As edições capa preta e capa de aço; ou aquelas intituladas como o autêntico, o verdadeiro, ou o único, enfatizam um mesmo acervo mágico central, e ainda exaltam o cristianismo e a vitória do bem sobre o mal. Porém, existem grandes diferenças no conteúdo. Enquanto alguns exemplares apresentam histórias e rituais inofensivos, outros apelam para campos negativistas e destrutivos da magia.
Num aspecto geral, encontra-se instruções aos religiosos para tratar de uma moléstia, além de cartomancia, esconjurações e exorcismos. A Oração da Cabra Preta, Oração do Anjo Custódio e outras da crença popular também são inclusas (Magnificat, Cruz de São Bento, Oração para Assistir aos Enfermos na Hora da Morte etc.). Além dos rituais de como obter um pacto com o demônio, como desmanchar um casamento e da caveira iluminada com velas de sebo.
No Brasil, o Livro de São Cipriano é usado largamente nas religiões afro-brasileiras, e se tornou um almanaque ocultista de fácil acesso que se dilui na crendice popular. Há ainda os mitos que o cercam: muitos consideram ser pecado possuí-lo ou simplesmente tocá-lo. De qualquer forma, o tema São Cipriano e tudo que o cerca, é um campo de estudo e pesquisa muito interessante para os ocultistas, religiosos e aventureiros. No entanto, não é utilizado na Bruxaria.


capa do livro de sao cipriano

Papus

Gerard Anaclet Vincent Encausse, mais conhecido pelo pseudônimo de Papus (Coruña, Espanha, 13 de Julho de 1865 – † Paris, França, 25 de Outubro de 1916) foi médico, escritor, ocultista, fundador de uma das vertentes Rosacrucianistas, cabalista e maçon.
Filho de pai francês, o químico Louis Encausse, e de mãe espanhola, de origem cigana, a senhora Irene Perez, desde 1869 se mudou com a família para o bairro de Montmartre, em Paris. Estudou primeiramente no colégio Rollin e, depois, com 17 anos, começou a freqüentar a Faculdade de Medicina de Paris.
Ainda jovem, começou a estudar os segredos ocultistas, passando horas na Biblioteca Nacional de Paris ou na Biblioteca do Arsenal, analizando os segredos da alquimia e da Cabala. Em 1882 foi iniciado por Henri Delaage na Sociedade dos Filósofos Desconhecidos, ordem que teria sido fundada dor Louis Claude de Saint-Martin, no século XVIII, na França.


          papus


Paracelso

Na aldeia de Einsiedeln, Suíça, em 17 de dezembro de 1493 (ou em 10 de novembro do mesmo ano; há uma divergência histórica neste ponto), nasceu Phillipus Aureolus Theoperastus Bombastus von Hohenheim. Filho de Wilhelm Bombast, médico e alquimista; e neto de Georg Bombast von Hohenheim, Grão Mestre da Ordem dos Cavaleiros de São João, o jovem de baixa estatura, gago e corcunda, aos três anos de idade, foi atacado por um porco que lhe mutilou o genital, fato que somado a sua aparência física, proporcionou-lhe um complexo de inferioridade que seguiu por toda a vida.

Até mesmo seu extenso nome é alvo das discordâncias. Possivelmente, o nome Theoperastus é uma homenagem ao famoso pensador grego. Já o nome Phillipus (ou Phelix), por vontade própria e motivos desconhecidos, foi acrescentado ao longo da vida; e a alcunha, Aureolus, é uma alusão “divina”, dada por seus admiradores ao longo dos anos.
Na infância, Theoperastus acompanhava seu pai viajando pelos povoados da terra natal, observando a manipulação das ervas usadas para curar enfermos daquela região. Dessa forma, passou a apreciar a atividade paterna. As primeiras noções sobre Teologia, Alquimia e Latim, foram transmitidas por seu pai. Ainda muito jovem, foi enviado à escola de Beneditinos do Mosteiro de Santo André. Lá, conheceu o notável alquimista, Eberhard Baumgartner.
Formou-se nos estudos tradicionais de sua época e seguiu o caminho profissional de seu pai, estudando medicina na cidade de Viena e concluindo em Ferrara, ambas na Itália. A partir deste momento, deu início as suas viagens, passando por Áustria, Egito, Hungria, Tartária, Arábia e Polônia.
Em Salzburg, Áustria, tentou estabelecer-se como médico, mas foi expulso da cidade porque simpatizou com agricultores rebeldes. Recebeu o título de cidadão em Strasburg e partiu para Basel. Após vários conflitos com colegas médicos e farmacêuticos e o próprio conselho de medicina da cidade, Theoperastus recebeu uma ordem de prisão em 1528, forçando sua fuga da cidade. Em Wurzburg, aprendeu com outros sábios a manipulação de produtos químicos, principalmente com Tritêmio, célebre abade e ocultista do Convento São Jorge.
Em 1536, publicou Die Grosse Wundartzney, (Cirurgia Maior), uma coleção de tratados médicos. Escreveu ainda trinta e dois artigos e ilustrações, com previsões de eventos até o ano 2106. Para que seus escritos tivessem uma penetração maior, redigiu todos em alemão, e não em latim, como era o costume.
Viajou pelo país como uma espécie de médico-cigano, e ficou conhecido como “o médico dos pobres” até voltar para Salzburgo em 1540, convidado pelo bispo da cidade. Faleceu em 24 de setembro de 1541 com apenas 47 anos. A causa de sua morte não foi esclarecida. Uma hipótese é que tenha sido vítima de feridas infeccionadas, ocasionadas quando, embriagado, sofreu uma queda numa taberna. O corpo foi velado na igreja de São Sebastião e, conforme seu último desejo, foram entoados os salmos bíblicos 1, 7 e 30.
Há diversos vácuos e incoerências na biografia deste personagem, também conhecido como Hohenheim. Estas poucas informações são os registros históricos mais confiáveis da vida de Paracelso, que teria adotado (ou recebido de seu pai) este apelido por ser “superior a Celso”, famoso médico romano da Antigüidade.
Sua vida pautada pelas polêmicas e conturbações que sua personalidade pouco adequada àqueles tempos lhe infligia. Esta frase de sua autoria exemplifica: “Ponderei comigo mesmo que, se não existissem professores de Medicina neste mundo, como faria eu para aprender essa arte? Seria o caso de estudar no grande livro aberto da Natureza, escrito pelo dedo de Deus. Sou acusado e condenado por não ter entrado pela porta correta da Arte. Mas qual é a porta correta? Galeno, Avicena, Mesua, Rhazes ou a natureza honesta? Acredito ser esta última. Por esta porta eu entrei, pela luz da Natureza, e nenhuma lâmpada de boticário me iluminou no meu caminho”.
Além da medicina, era versado em filosofia e política. Mas seus escritos estão relacionados principalmente com a sua profissão e chegam a mais de 8 mil páginas. Porém, apenas uma pequena parte é conhecida e estudada. A linguagem aplicada em sua obra é alegórica e passível de interpretação, um recurso utilizado para que não pudesse ser acusado de feitiçaria pelo implacável mecanismo inquisitório medieval. Conta-se que certa vez, Paracelso queimou em público diversos livros de Galeno e Avicena, dizendo: “Que toda esta miséria possa ir pelos ares como fumaça”.
Até mesmo a forma de exercitar seu ofício era contestada. Acreditava ele, que a função de um médico ia além do diagnóstico e receituário convencional; era necessário um estudo do paciente e uma compreensão da doença em aspectos como a astrologia, alquimia, magia e outras variações esotéricas.
A medicina daquele tempo, baseada no pensamento do filósofo Hipócrates, acreditava que as doenças eram causadas por mau funcionamento dos fluídos do corpo humano: sangue, catarro, bílis preta e bílis amarela. Paracelso contestou e simplificou este conceito. Segundo ele, os seres materiais têm origem em quatro elementos: terra, água, ar e fogo; e três substâncias: enxofre, mercúrio e sal. Os primeiros são realidades materiais compreendidas dinamicamente. Enquanto os outros são modalidades de comportamento da natureza. Ou seja, o enxofre é combustível, o mercúrio é volátil e o sal é resistente ao fogo. Portanto, a saúde é o equilíbrio, e a doença é o desequilíbrio de todas as energias presentes no ser humano, tanto no corpo físico como espiritual.
De acordo com Paracelso, a cura apóia-se em quatro bases distintas: filosofia, astronomia, alquimia e virtus. A filosofia significa: abrir-se ao conjunto das forças naturais, observar essas forças invisíveis na penetração da realidade total e perceber o invisível no visível. A astronomia explica as influências dos astros na saúde e nas enfermidades. A alquimia torna-se útil no preparo dos medicamentos. O termo virtus é uma alusão a honestidade do médico que, através do raciocínio de Paracelso, é uma pessoa em constante evolução e aperfeiçoamento, e deve reconhecer a ação da natureza invisível no doente ou, em se tratando do remédio, como atua no plano visível. Assim, o conhecimento médico tem menos a ver com conhecimento intelectual do que com a intuição.
Paracelso fazia freqüentes associações entre Magia e Imaginação. “O visível esconde o invisível, mas apesar disso conseguimos o invisível apenas através do visível”, dizia. Nesse caso, magia significa a ação direta sobre as pessoas e todos os seres, sem ajuda da matéria. Ou seja, o mago é capaz de causar efeitos físicos sem ajuda física. No livro Paracelso, Alquimista, Químico, Pioneiro da Medicina, o historiador e filósofo Lucien Braun, cita: “toda natureza invisível se movimenta através da imaginação. Se a imaginação fosse forte o suficiente, nada seria impossível, porque ela é a origem de toda magia, de toda ação através da qual o invisível (de um ou outro modo) deixa seu rastro no visível. A energia da verdadeira imaginação pode transformar nossos corpos, e até influenciar no paraíso…”.
Além disso, o médico suíço reconheceu que a fé fortalece a imaginação. Isso inclui as curas milagrosas atribuídas a ele e que não foram apenas resultado dos medicamentos, mas serviram para influenciar conscientemente a ação da imaginação do próprio paciente, de modo que agisse diretamente no desejo de ser curado. Atualmente, há na medicina, o chamado placebo, uma substância sem qualquer efeito farmacológico, prescrita para levar o doente a experimentar alívio dos sintomas pelo simples fato de acreditar nas propriedades terapêuticas do produto. De certa forma, pode-se entender que Paracelso já fazia uso deste recurso há mais de 500 anos. Outro fator interessante de seu raciocínio, é que ele também associava as características exteriores de uma planta a sua função medicinal. Por exemplo, folhas em forma de coração foram recomendadas para doenças cardíacas.
Personagens como Van Helmont e Friedrich Franz Mesmer deram continuidade aos trabalhos de Paracelso. O pensamento e a atitude do sábio suíço influenciaram não apenas as ciências e o ocultismo de sua época, mas até hoje são lembrados e utilizados como base de estudos modernos. Até mesmo durante uma epidemia de cólera, em 1830, seu túmulo foi objeto de peregrinação.
Sabe-se que Paracelso nasceu no ano de 1493, o dia e o mês ainda são discutíveis. Mas isso não é tão importante, porque foi um homem além de seu tempo, além das datas e do pensamento. Seu legado de obras escritas e ensinamentos compõem o que atualmente é chamado de Medicina Experimental. Formulou os primeiros conceitos da homeopatia, farmacologia, medicina psicossomá- tica, psicologia e bioenergética. Um médico esotérico que, como todos os outros “não esotéricos”, tinha apenas um objetivo: prolongar a existência humana na Terra.


                   paracelso

Nostradamus

Michael de Notre Dame (pelo nome latino Nostradamus) nasceu em 14 de dezembro de 1503 na cidade de Saint-Rémy, Provence, França. De pais judeus, foi o primeiro de 5 filhos do casal Jaume e Reynière, posteriormente convertidos ao catolicismo.
Desde a infância, Nostradamus freqüentava a Igreja com assiduidade e demonstrava interesse por literatura clássica, filosofia e fundamentos de medicina. Seus avós (ascendentes de Ishacar, um povo constituído de sábios e profetas) lhe transmitiram ensinamentos astrológicos, matemáticos e ocultistas; além de latim, grego e hebraico. Aos 14 anos em Avignon, deparou-se e aderiu a teoria opositora do Heliocentrismo, baseada na premissa de que não a Terra, mas o Sol era o centro do universo.

Em 1522, Nostradamus foi estudar medicina na universidade de Montpellier. Um médico-astrólogo de origem judaica, era uma personalidade facilmente visada para os Inquisidores. Por isso, completou o bacharelado e vagou pela Europa, ganhando reputação ao curar com ervas os enfermos da peste bubônica que assolava o século XVI. Ainda que eficientes, seus métodos medicinais eram muito contestados na época.
Retornou à universidade em outubro de 1529, concluiu o doutorado e recebeu o chapéu quadrado dos médicos, o anel de ouro e as obras de Hipócrates. Lecionou nesta universidade por um ano e voltou a perambular em busca das vítimas da peste.
Em 1534, Nostradamus estava em Agen quando conheceu a jovem e rica Adriette du Loubejac. Casou-se e teve dois filhos. Porém, sua esposa e as crianças foram subitamente mortas pela peste. Após este fato, Nostradamus foi para Luxemburgo e isolou-se no mosteiro de Orval.
Na cidade de Marselha, o profeta dedicava-se totalmente a medicina quando foi convidado por seu irmão, Bertrand, para ir a Salon. Lá, foi apresentado à rica viúva Anne Ponsard Gemelle, com quem casou-se novamente e teve três filhos e três filhas. Nessa época, escrevia e comercializava um periódico anual sobre a previsão meteorológica que fazia grande sucesso entre os agricultores locais; além dos livros de receitas de cosméticos, perfumes e conservação de alimentos.
As profecias de Nostradamus eram feitas em profundo estado de transe. Também utilizava cálculos astrológicos para definir a data e horário mais adequado. Na Sexta-Feira Santa de 1554, deu início a sua mais famosa obra: As Centúrias.
As Centúrias são as profecias compiladas em 10 livros, sendo que cada um possui 100 quadras (rimas em quatro linhas, que totalizam 1000 previsões). Não seguem coerência cronológica, e foram escritas combinando francês arcaico, grego, latim e um dialeto do sul da França denominado Languedoc. Além disto, existem anagramas, referências mitológicas e astrológicas numa linguagem subjetiva que dificulta a compreensão. Alguns estudiosos afirmam que esse foi um recurso utilizado para se esquivar da Santa Inquisição.
A primeira parte das Centúrias foi publicada em maio de 1555 pela casa Mace Bonhomme, de Lyon. O prefácio assinado por Nostradamus dedicava o livro a César, seu filho recém-nascido. A segunda parte foi publicada apenas em 1557. O trabalho seria concluído em quatro anos.
A quadra 35 da Centúria I, cita com quatro anos de antecedência a morte do Rei Henrique II num duelo. Assim, a Rainha Catarina de Médicis o convocou para fazer o horóscopo dos nobres. Através da vidência, o profeta ainda resolveu um caso de roubo da Catedral de Orange. Dessa forma, Nostradamus conquistou notoriedade pela sua capacidade de prever o futuro e ficou conhecido como O Mago de Salon.
Em sua totalidade, as Centúrias trazem previsões generalizadas de acontecimentos significativos da humanidade à partir de 1557, tais como as guerras mundiais, a revolução francesa, o assassinato de Kennedy, e o surgimento de Napoleão e Hitler. O fim do mundo ocorreria no ano 7000, quando o Sol destruiria a Terra e retomaria sua condição suprema no universo. Porém, existe uma dúvida se a previsão foi baseada no calendário judeu ou cristão. O profeta também anteviu as calúnias que ele próprio sofreria ao longo dos séculos, e a comercialização de sua imagem e obra.
De volta a Salon, Nostradamus construiu um laboratório-observatório em sua casa. Sofrendo de artrite hidropisia, o profeta preparou seu testamento em junho de 1566, falecendo no início do mês seguinte. Os restos mortais foram sepultados no convento de Cordeliers, segundo sua vontade. A própria morte está prevista no presságio 141, a última quadra das centúrias:
“De retorno da Embaixada, tendo o presente do rei colocado no lugar,
Nada mais fará, será levado a Deus:
Os parentes mais próximos, amigos, irmãos de sangue,
Encontrá-lo-ão morto perto do leito e do banco.”
Havia um mito que Nostradamus teria sido enterrado com um documento capaz de elucidar todas suas previsões. Em 1700, vândalos romperam o esquife em busca destas instruções. Encontraram sobre o esqueleto, um medalhão com a inscrição 1700. O profeta havia antecipado o ano que seu corpo seria exumado.
Em 1791 durante a Revolução Francesa, soldados antimonarquistas violaram as tumbas do convento e os ossos de Nostradamus foram espalhados pelo local. Quando souberam que o profeta havia previsto a queda da monarquia francesa, os ossos foram devolvidos ao caixão e trasladados para a capela da Virgem, na igreja de Saint-Laurent, em Salon.
Ao longo dos séculos, o nome de Nostradamus se tornou um sinônimo de Profecias. As Centúrias é a segunda obra mais editada em todo o planeta, perdendo apenas para a Bíblia Cristã. A linguagem codificada acrescenta uma atmosfera ainda mais misteriosa em torno do tema. Se analisarmos, as profecias nada mais são que informações, um produto de grande valor na história da humanidade, e principalmente nos dias atuais.

            nostradamus

lendas celtas da irlanda (ciclo do ulster)

Ciclo Mitológico (pré-cristão) conta a história de um povo de semi-deuses* que combateu e venceu um outro povo de semidemónios,Ciclo do Ulster (norte da Irlanda), que data do tempo de Cristo,Ciclo Feniano, ou de Fianna, é posterior aos Cavaleiros do Ramo VermelhoCiclo Histórico, ou dos Reis, trata dos Grandes Reis de Tara, na
Brendan O’Dwyer
 
Crunnchu era um fazendeiro muito rico, casado, com quatro filhos e muitos
serviçais, que vivia infelicíssimo há já muitos anos pois a sua mulher morrera logo após
ter dado à luz a última das crianças.
Um belo dia, quando Crunnchu estava a descansar numa confortável cadeira no
vestíbulo de sua casa, chegou uma estranha mulher que, sem uma palavra, se pôs
imediatamente a fazer os trabalhos da lida da casa. Pela hora de jantar, a mulher dirigiuse
à cozinha e deu as ordens necessárias aos criados como se sempre tivesse morado ali.
A refeição foi passada em total silêncio e só no dia seguinte os dois começaram
a falar um com o outro numa conversa que se prolongou por horas e horas. O nome da
mulher era Macha; no fim da conversa, estavam apaixonados e em breve se casaram.
O tempo passou e Macha engravidou. Chegou, entretanto, a data da Grande
Feira do Ulster e Macha avisou o marido de que não deveria falar dela a ninguém sob
pena do seu amor terminar tragicamente. Crunnchu tomou boa nota do aviso e partiu.
Durante a Feira, era costume realizarem-se imponentes corridas de cavalos nas
quais participavam sempre os mais velozes animais do Rei; como em ocasiões
anteriores, os cavalos reais ganharam facilmente, o que deixou o soberano vaidosíssimo
e fez com que não se calasse, bravateando sobre o valor dos seus corcéis.
Incomodado com a arrogância do Rei, Crunnchu, sem pensar no que fazia e
esquecendo o aviso da mulher, disse ao monarca que a sua esposa Macha conseguiria
ser mais rápida que os próprios cavalos.
O rei ficou furioso com o atrevimento do fazendeiro e ordenou que Macha fosse à
Feira para participar nas corridas, enviando imediatamente dois mensageiros a sua casa.
Ali chegados, ouviram Macha pedir-lhes que não a obrigassem a ir por causa do
estado avançado da sua gravidez, mas eles não lhe facilitaram a vida e disseram-lhe que
o Rei mandaria matar o marido se ela não os acompanhasse.
Então ela foi e quando se encontrou em face do Rei repetiu-lhe o pedido que já
fizera aos mensageiros: que não a obrigasse a correr por causa do bebé que estava para
nascer; mas o rei foi irredutível na sua decisão e gritou-lhe:
– Corre, ou o teu marido será morto!
Então Macha respondeu:
– Muito bem. Farei como mandas, mas fica a saber, ó Rei, que amaldiçoo todos os
homens do teu reino, o poderoso Reino do Ulster: durante nove gerações, eles irão
sentir as dores de uma mulher quando está a dar à luz; e essas dores aparecerão quando
menos se esperar e mais o País precisar dos seus homens.
De seguida, Macha fez a corrida contra os cavalos do Rei, venceu e, quase de
seguida, por causa do esforço, deu à luz dois bonitos gémeos, morrendo na altura do
nascimento deles.
Quanto à maldição que invocara contra o Rei e os homens do Ulster, cumpriu-se
mesmo! Durante nove gerações, sempre que os homens iam para a guerra, era
precisamente durante as batalhas que as dores mais atacavam os guerreiros dando,
assim, vantagem aos inimigos.
A palavra Macha á ainda hoje usada no nome da grande fortaleza do antigo Ulster:
Emain Macha, que foi também a residência dos reis daquele território.

A história de Setanta
Em tempos que já lá vão, Conor MacNeasa era o Rei do Ulster. Um dia, Culann, o
Armeiro do Reino, decidiu dar uma grande festa, convidando toda a gente, incluindo o
próprio Rei que, por sua vez, decidiu dizer ao seu sobrinho Setanta que também fosse.
Setanta disse-lhe que sim, mas que só chegaria depois de terminado o jogo de
hurling*
que iria disputar naquele dia, no outro lado da floresta.
Assim que a partida terminou, Setanta atravessou a floresta a correr a toda a
velocidade, pois sabia que já estava bem atrasado para a festa. Entretanto, o armeiro
mandara fechar todas as portas de sua casa por pensar que todos os convidados se
encontravam já lá dentro, em total segurança.
Do lado de fora, um enorme mastim fazia a guarda da casa. Quando Setanta
chegou, o canzarrão atacou-o imediatamente saltando-lhe de encontro ao peito, não
deixando ao jovem outro remédio senão o de se defender, atirando-lhe, com quanta
força tinha (e era muita, como veremos e compreenderemos nas histórias seguintes) e
mais aquela que o seu bastão lhe acrescentou, a bola de
cão, no mesmo instante em que levou com a bola, soltou um latido fraco e caiu morto.
Muito triste com o sucedido, Setanta apresentou as suas desculpas a Culann e
garantiu-lhe que apenas pretendia defender-se do ataque do cão; mas acrescentou que, a
partir desse momento, se manteria, ao serviço do Armeiro do Reino até que este
terminasse o treino de um novo cão.
Toda a gente que estava na festa achou a atitude de Setanta muito digna e
começaram a tratá-lo pelo nome por que ficou conhecido: Cúchulainn, que, em gaélico
(idioma da Irlanda), quer dizer “Cão de Culann”.
hurling que trazia consigo. E o

*

Cúchulainn pega em armas
 O hurling é um jogo de equipa tradicional da Irlanda que existe, supostamente, desdesliotar, é muito sólida (a palavraliabh, montanha, e thar, através de), pouco maior que uma bola de ténis e compõe-sehurlinghurley e apresenta uma ponta espalmada e curva. Segundo a lenda, esta forma foi a adoptada
Quando ainda tinha apenas sete anos, Cúchulainn encontrava-se, um dia, a jogar
hurling
Cathbad a dar as suas lições de magia a oito dos seus mais destacados alunos.
A certa altura, um deles perguntou ao Mestre quais os presságios, bons ou maus,
destinados para aquele dia, ao que Cathbad respondeu:
– Aquele que hoje pegar em armas pela primeira vez será o mais valoroso
guerreiro que a Irlanda jamais teve, ou virá a ter, e, embora a sua vida venha a ser curta
e fugaz, as histórias das suas façanhas serão contadas e relembradas para todo o sempre!
Ao ouvir isto, Cúchulainn dirigiu-se ao Rei, seu tio, Conor MacNeasa e saudou-o:
– Toda a honra ao Rei!
– Essa é a saudação interessada de quem quer um favor – respondeu o Rei.
– Quero pegar em armas e tornar-me guerreiro – retorquiu Cúchulainn.
– E quem é que te colocou essas ideias na cabeça? – perguntou Conor MacNeasa.
– Cathbad, o Druida.
O Rei reflectiu durante alguns momentos e disse:
– Meu rapaz, por certo Cathbad não te ária falsos conselhos – e imediatamente deu
a Cúchlainn duas lanças, uma espada e um escudo.
O jovem treinou com aquelas armas até que se partiram, obrigando o Rei a dar-lhe
um outro conjunto de armas… que também se quebraram! Catorze conjuntos de armas
foram sendo sucessivamente destruídos até que Cúchulainn disse ao Rei:
– Estas armas não são suficientemente boas para mim! Dá-me armas que estejam à
altura das minhas capacidades.
Então o Rei entregou-lhe as suas próprias armas. Cúchulainn experimentou-as
dobrando a lâmina até que a ponta tocasse o punho, e a espada aguentou a pressão;
depois, abanou fortemente as lanças para testar a sua resistência, e elas mantiveram-se
firmes; e o mesmo sucedeu com o escudo. Por fim, Cúchulainn disse:
– Estas sim. Estas são armas dignas de mim!
Satisfeito, o Rei Conor mandou chamar Ibar, o Palafreneiro Real, e ordenou-lhe:
– Aparelha o meu carro de guerra com os meus dois melhores cavalos e deixa que
Cúchulainn se sirva dele.
Como ordenado pelo seu Rei, Ibar entregou a Cúchulainn o carro devidamente
preparado, mas o jovem, tal como fizera com as armas, também quis experimentar o
carro antes de o usar: agarrou-o pelo eixo, levantou-o, balanceou-o violentamente e deuse
por satisfeito pois a estrutura tudo aguentou sem se desconjuntar.
Cúchulainn e Ibar subiram então para o carro e partiram em direcção à torrefortaleza
de Ath na Foraine, junto à fronteira com a Terra de Slieve Fuad. Pelo caminho,
avistaram, na floresta, uns cisnes que, segundo Ibar, ninguém conseguia caçar, e se
acaso o conseguia, não ia além de um único exemplar. Sem dizer palavra, Cúchulainn
apeou-se do carro, embrenhou-se na floresta em direcção às aves e regressou para
grande espanto do palafreneiro, com vinte cisnes.
Prosseguiram viagem e quando, por fim, avistaram o forte, Cúchulainn perguntou:
– A quem pertence?
– Este é o forte dos três filhos de Nechtan, que foi morto pelos homens do Ulster –
replicou Ibar. – Ainda hoje os três filhos continuam a vangloriar-se de, naquele dia em
que mataram o seu pai, eles, por seu turno, terem deixado em campo mais homens do
Ulster mortos do que vivos os que conseguiram fugir.
– Então vamos lá! – sentenciou Cuchulainn sem hesitar.
– Estás doido?! – assustou-se Ibar. – Depois da morte do pai deles, qualquer
homem do Ulster que se atreva a ali ir não regressa vivo!
Ainda assim, Cúchulainn dirigiu-se ao forte e, sem hesitações disse-lhes que
estava ali para os matar! Os três irmãos largaram-se a rir ao verem um adversário ainda
tão criança.
Cúchulainn enrubesceu de raiva, atacou os três homens e matou cada um com um
único golpe de espada, decapitando-os. Depois, atou as cabeças ao carro e regressou a
Emain Macha onde, assim, granjeou a admiração e o respeito de todos os guerreiros
mais velhos.
em Emain Macha enquanto, o outro lado do campo, se encontrava o Druida

A morte de Connla
Quando chegou a hora de deixar a Escócia para regressar ao Ulster e poder,
finalmente, casar com Emer
valente guerreira Scathach, como lhe tinha sido ordenado, Cúchulainn teve que deixar a
bela Aoife, irmã daquela, que, nessa altura, estava grávida dele. À despedida,
Cúchulainn entregou a Aoife um anel de polegar para o filho deles e recomendou-lhe
que, quando nascesse, ele tivesse o nome “Connla” e que, quando fosse suficientemente
crescido, deveria ir treinar-se no quartel da sua tia, a guerreira Scathach. Disse-lhe ainda
que o garoto não deveria nunca dizer o seu nome a quem quer que fosse a não ser ao
guerreiro que o conseguisse derrotar.
Sete anos depois, Connla chegou ao Ulster. Durante a viagem de travessia do mar
entre as duas ilhas, treinava-se com a funda: acertava em aves marinhas com toda a
precisão, apanhava-as inconscientes, esperava que acordassem e soltava-as para que
pudessem continuar a voar em liberdade.
A notícia de que o rapaz estava para chegar espalhou-se rapidamente, chegando
aos ouvidos dos mais importantes guerreiros e heróis do Ulster, os quais decidiram não
o deixar desembarcar enquanto não ficassem a conhecer o nome dele.
À chegada, esperava-o Conall Cearnach, um dos mais valentes guerreiros do
Ulster, que lhe ordenou:
– Diz-me o teu nome!
– Nem penses! Não direi o meu nome senão a quem me vencer em combate!
– Assim seja. Lutemos então – concordou Conall Cearnach.
Assistiu-se, então, ao inacreditável: uma criança a combater com um dos mais
temíveis guerreiros do Ulster!
Connla colocou uma pedra na sua funda e fê-la rodopiar com tal força que se
levantou um ruído imenso, como se fosse o som de uma ventania; e o barulho e a
*, depois de ter passado muito meses em treinos com a

Há um hiato entre esta história e a anterior, pelo que convém proceder a um resumo**, trespassando e esfacelando com ela o corpo de

** 
Arma mítica e única do seu género. Trata-se, segundo a lenda, de uma arma

O touro castanho de Colley
Medb era a orgulhosa e obstinada rainha de Connacht, casada com Aillil. Uma
noite, antes de adormecerem, puseram-se a conversar sobre as riquezas que cada um
tinha, comparando-as, incluindo as mais simples de todas, como roupas, e concluíram
que havia apenas uma única diferença: Aillil era possuidor de um belíssimo touro, a que
chamava “Cornos Brancos”, e Medb nada tinha de comparável.
Então, a rainha enviou mensageiros ao Ulster para tentar obter do Chefe Daire a
oferta do seu fantástico e famoso touro, o “Touro Castanho de Cooley”. Daire
concordou e os mensageiros, muito satisfeitos, foram celebrar o acontecimento numa
festa que foi oferecida em honra do acordo.
Todavia, durante os festejos, os mensageiros beberam mais do que deveriam e,
sob os efeitos do vinho, começaram a dizer disparates. Chegaram, inclusivamente, a
dizer que se Daire não lhes tivesse dado o touro, o levariam à força.
Está claro que quando Daire ouviu aquilo disse imediatamente que a oferta ficava
sem efeito e os mensageiros tiveram que regressa de mãos vazias.
Medb ficou irritadíssima e decidiu que conseguiria o touro, fosse de que maneira
fosse, começando logo a organizar um poderoso exército com soldados seus e de outras
zonas da Irlanda para atacar o Ulster.

A luta no vau
A Rainha Medb, de Connacht ficou furiosa quando soube que os do Ulster tinham
recusado dar-lhe o Touro Castanho e começou a preparar um exército para os atacar.
Como o exército do Ulster ainda estava sob o efeito da Maldição de Macha, os
soldados não tinham força e sentiam muitas dores. Ora, Cúchulainn era o único
guerreiro que não estava afectado e, por isso, tinha condições para lutar, pelo que a
Rainha Medb aceitou que em vez de uma batalha normal entre dois exércitos, a luta
fosse sempre entre Cúchulainn e os adversários em combates homem a homem.
Em cada dia Cúchulainn derrotava mais de cem, ou porque os matava ou porque
fugiam. Então, Medb mandou o mais famoso guerreiro de Connacht, Ferdia, mas ele
recusou porque Cúchulainn era seu irmão de leite e o seu melhor amigo.
Passados alguns dias, porém, Medb conseguiu persuadir Ferdia dizendo-lhe que o
seu amigo andava a insultá-lo e a chamar-lhe cobarde. Cúchulainn ficou muito
surpreendido quando Ferdia chegou para lutar e, de início, não quis combater com ele;
contudo, pensando melhor, chegou à conclusão de que não deveria colocar em risco a
sua lealdade ao Reino do Ulster por causa de uma amizade pessoal.
No primeiro dia, lutaram com espadas, mas nenhum venceu o outro e, não
esquecendo a sua amizade, nessa noite jantaram juntos; no dia seguinte, lutaram sem
armas e, novamente, nenhum venceu; finalmente, no terceiro dia, Cúchulainn quase
morreu e, por isso, teve que utilizar a Gae Bolga, o seu dardo mágico trespassando, do
peito às costas, o corpo do seu melhor amigo!
Antes que Ferdia caísse, Cúchulainn ainda o agarrou e chorou convulsivamente,
tal era a tristeza que sentia.
Preocupado com a reacção dos outros guerreiros de Medb, Ibar (o Palafreneiro
Real do Rei Conor que estava ao serviço de Cúchulainn) aconselhou-o a sair dali antes
que fosse atacado pelo exército inteiro e assim o herói do Ulster partiu com o coração
carregado de infelicidade.

Morte de Cúchulainn
Quando atingiu os vinte e sete anos de idade, Cúchulainn tinha já muitos inimigos,
dos quais a Rainha Medb era uma. Tinha também já matado muita gente,
inclusivamente Calitin
mãe, para conseguirem vingança.
Medb acolheu-os e transformou-os em excelentes guerreiros, aliando a arte da
guerra com as artes da magia, que já possuíam. Então, Medb voltou a invadir o Ulster e
o Rei Connor MacNeasa convocou Cúchulainn para defender a capital do reino, Emain
Macha, e o castelo.
Os filhos de Calitin desafiaram Cúchulainn para um combate e começaram a
provocar, com a sua magia, ilusões que faziam parecer que o castelo estava a ser
atacado; porém, o Druida do Rei Connor, Cathbad (que já conhecemos de outra
história), deu conta do engano e impediu-o dizendo-lhe que não deveria lutar durante
três dias, isto é, o tempo que duraria o efeito da magia maligna.
Para tal, Cathbad foi ter com uma das antigas namoradas de Cúchulainn, a bela
Niamh, pedindo-lhe que o convencesse a esconderem-se juntos, durante aquele tempo,
numa das grutas do Vale dos Surdos. Não muito satisfeito, Cúchulainn anuiu.
Entretanto, os filhos de Calitin conseguiram dar com o paradeiro dos dois e
urdiram um plano: um deles atraiu Niamh para fora do Vele e outro, por artes mágicas,
tomou a forma dela e convenceu Cúchulainn a sair para a batalha.
Então, Cúchulainn ordenou ao seu palafreneiro, Ibar, que arreasse “Cinzento de
Macha”, o seu portentoso cavalo, para poder dirigir-se para o campo de batalha. Quando
chegou perante Cúchulainn e a falsa Niamh, o cavalo apercebeu-se de um inexplicável
perigo e recusou-se a galopar. Só ao fim de muita insistência foi possível fazer com que
o animal começasse a deslocar-se. Nessa altura, chegou a verdadeira Niamh que,
* e vinte dos seus filhos, restando seis para, juntamente com a sua

*
Calitin (Cailitín Dána, Cailitin or Calatin) era o Druida-Chefe da Rainha Medb

preocupadíssima, tentou fazer com que Cúchulainn voltasse à razão, mas este, com o
espírito tolhido pela magia, não lhe deu ouvidos.
Quando chegou ao campo de batalha, foi ao seu encontro um druida desconhecido
que o exortou a combater, apesar de a batalha que estava perante os olhos de
Cúchulainn não existir pois, tal como o druida desconhecido, não passava da ilusão
criada pelos filhos de Calitin.
Por três vezes Cúchulainn enfrentou e matou os mesmos guerreiros; e de cada vez
que tal sucedia, o Druida pedia-lhe a sua lança.
Da primeira vez, embora relutantemente, entregou a lança por recear que, se o não
fizesse, o seu nome seria desonrado. Assim, arremessou a lança em direcção ao druida,
trespassando-o a ele e a mais nove imaginários homens, indo cravar-se no solo, mesmo
em frente a um dos filhos de Calitin, responsável pela ilusão mágica. Este pegou na
lança e arremessou-a de volta, contra Cúchulainn, mas falhou, acertando antes em Ibar,
o Palafreneiro Real, matando-o. A primeira lança acabara de matar o mais importante
dos palafreneiros do Ulster!
Da segunda vez, Cúchulainn deu a lança ao falso druida por temer que, se assim
não fosse, seria o nome do Ulster a ficar desonrado. Então, uma vez mais, Cúchulainn
lançou o dardo que, como anteriormente, atravessou o druida e os nove homens
imaginários, indo cravar-se no chão, em frente a um dos outros filhos de Calitin. Este
arremessou a lança contra Cúchulainn, mas falhou e acertou no cavalo do herói. A
segunda lança tinha acabado de matar o melhor cavalo de toda a Irlanda!
Finalmente, foi o receio de ver desonrado o nome da Irlanda que fez com que
Cúchulainn lançasse a lança pela terceira vez, repetindo-se o que havia acontecido antes
com o druida e os guerreiros imaginários. E como anteriormente, um terceiro folho e
Calitin pegou na lança e arremessou-a contra Cúchulainn, acertando-lhe no estômago,
ficando expostas as entranhas dele.
A gravidade da ferida provocou uma sede imensa aCuchulainn, que se dirigiu ao
lago, para a saciar. Na margem, amarrou-se fortemente a uma coluna de pedra que ali
estava, pois havia jurado a si próprio que, quando morresse, morreria de pé
empunhando a sua espada.
Assim ficou por três dias, sem que alguém ousasse aproximar-se, embora todos os
seus adversários soubessem que estava em grande agonia. Por fim, Cúchulainn
arregalou os seus olhos e morreu.
Só quando um corvo pousou no ombro do herói é que se ficou a saber da sua
morte. Então, Erc disse a Lugaid (dois irmãos, filhos de Calitin) que lhe fosse cortar a
cabeça, mas no momento em que Lugaid se aproximava, a mão sem força de
Cúchulainn, mas com a espada ainda agarrada, caiu e a lâmina da arma decepou a mão
de Lugaid.
Mesmo morto, o herói do Ulster ainda atacava os seus inimigos!
Por fim, os filhos de Calitin conseguiram cortar a cabeça de Cúchulainn e levá-la
para Tara
ao pilar de pedra.
*, como troféu. Quanto ao corpo de Cúchulainn, ficou na margem o lago, atado

O Monte de Tara, ou Temair em Gaélico, é o marco do antigo poder da Irlanda.


Muitas das lendas irlandesas provêm de uma Cultura que remonta aos tempos
pré-cristãos, Cultura essa que se manteve praticamente intacta dado o facto de os
Romanos nunca terem chegado a instalar-se na Irlanda e, consequentemente, o idioma
ali falado não ter sido afectado pelo Latim. Também uma forte tradição oral e a
existência de várias escolas druídicas permitiam passar, intactos, de geração em
geração, ensinamentos e conhecimentos.
Quando, a partir do século V, o Cristianismo chegou à ilha, os copistas monacais
registaram não apenas as Sagradas Escrituras como também as antigas histórias
irlandesas que tão bem conheciam.
São quatro os diferentes grupos de histórias: o Ciclo Mitológico, o Ciclo do
Ulster, o Ciclo Feniano e o Ciclo Histórico, ou dos Reis. 
O chamado Tuatha (povo) de Danaan
os Formorianos, que vivia nas ilhas que rodeavam a Irlanda. Posteriormente,
os Milesianos – os antepassados directos dos actuais irlandeses – derrotaram os Tuatha,
os quais se refugiaram no mundo subterrâneo e que reaparecem à superfície soba forma
de fadas (fêmeas e machos) com poderes mágicos. A palavra irlandesa para “fadafêmea”
é “bansi”, que veio a dar, em inglês, “banshee”.
As histórias do
têm a ver principalmente com o grande rei Conor McNeasa e os seus valorosos
Cavaleiros do Ramo Vermelho, o mais famoso dos quais é Cúchulainn.
em cerca de três séculos e conta a história de um grupo de guerreiros de elite que errava
por toda a Irlanda.
região central irlandesa de Conny Meath, prolongando-se no tempo até cerca do ano
1000.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

anjos caidos- hierarquias,definiçoes e principais atribuiçoes

Um Anjo caído é um demónio, do grego δαίμων (o que divide), que na tradição judaico-cristão, é um ser intermediário entre o homem e Deus, um anjo, que afastando-se do plano divino, tornou-se voluntariamente um espírito do Mal.
Na teologia cristã (católica, ortodoxa e protestante) e o Anjo Caído ou Anjo Decaído é um anjo que cobiçando um maior poder, acaba se entregando "às trevas e ao pecado". O termo "anjo caído" indica que é um anjo que caiu do Paraíso. O Anjo Caído mais famoso é o próprio Lúcifer. Os Anjos Caídos são bastante comuns em histórias de conflitos entre o bem e o mal.



Nomes dos principais Anjos Caídos e suas atribuições:

A hierarquia do mal é dividida em Reinos, Principados, Domínios... seguindo o exemplo da cabala dos anjos. Há demônios patronos e governantes de países e regiões, do mesmo modo que há santos e anjos celestes patronos e padroeiros.

Os nomes e atribuições aqui relacionados estão baseados nas tradições cristãs, judaicas e mulçumanas, podendo variar de acordo com seitas e outros grupos de pesquisadores.


LÚCIFER:O rei do inferno, ex-arcanjo de Deus, líder da rebelião dos anjos contra o domínio único de Deus. A palavra lúcifer significa; “luz”, “aquele que traz luz”, “aquele que traz o conhecimento”.

BELZEBU-Príncipe dos demônios e senhor das Moscas é um dos governantes do inferno, seu domínio é o orgulho. É considerado a encarnação do mal absoluto. Era um antigo deus do Mediterrâneo oriental. 

LEVIATÃ-Príncipe dos demônios, seu domínio é a heresia.
Leviathan Possui a forma feminina e habita nas profundezas do mar.

SAMYAZA -  Líder do Pacto do monte Armon ou Monte Hermon
Possui sobre seu domínio mais de 200 sentinelas.
Ensinou todo o tipo sortilégios aos homens.


** Principados dos Guardiões que participaram do Pacto do monte Armon ou Monte Hermon
Regidos por SAMYAZA:
AKIBEEL - ensinou aos homens a simbologia dos sinas;
AMAZARAK - ensinou aos homens como fazer feitiços com raízes.
ANANEL
ARAZYAL.
ARMEN
ARMERS
- ensinou aos homens os segredos das porções mágicas.
ARSTIKAPHA
ARTQOPH
ASAEL
ASARADEL
- ensinou sobre o movimento da lua.
AZAZEL
AZKEEL
BARAKEL
BARAQEL
BARKAYAL
- ensinou astrologia aos homens.
BASASAEL
BATARYAL
BATRAAL
DANEL
DANIEAL
DANYAL
ERTAEL
HERMONI
KAEL
KAKABAEL
KOKABEL
MATAREL
RAMEL
RAMTEL
RAMUEL
RUMEL
RUMYEL
SAHRIEL
SAMSAVEEL
SAMSIEL
SARAKNYAL
SEMIHAZAH
SIMAPISEEL
STAWEL
TAMIEL
- ensinou astronomia aos homens.
TAREL
TUMAEL
TUMMIEL
TUREL
TURIEL
TURYAL
URAKABARAMEEL
YETAREL
YHADDIEL
YOMIEL
YOMYAEL
ZAVEBE
ZEQIEL


AZAZYEL Anjo que ensinou aos homens como fazer espadas, facas e armaduras.
Após desafiar os Anjo Miguel e Gabriel, Azazyel  foi amarrado e subjugado pelo Anjo Rafael com a permissão de Javé.

** Principado dos Anjos Líderes de falanges de mais de 100 sentinelas

YEKUN O Primeiro Anjo Yekun significa Rebelde, ele foi o primeiro anjo a seduzir a desencaminhar os anjos. De enorme inteligência, ensinou aos homens a  linguagem dos sinais, a ler e a escrever com tinta

KESABEL
O Segundo Anjo – Foi ele o primeiro a incentivar os anjos a terem relações sexuais com os seres humanos

GADREL O Terceiro Anjo - Ele ensinou os anjos sobre a morte e como usar uma espada para ferir outro Anjo.

PENEMUE O Quarto Anjo - Ensinou aos homens como mentir.

KASYADE O Quinto Anjo - ensinou aos homens sobre os espíritos.

** Anjos Líderes de falanges com menos de 50 sentinelas e Demônios de Grande Influência
ABRAMALECH - Demônio guardião e servo de Lúcifer.

ARIMÃ - Príncipe de uma legião de demônios, tradição persa.

ASMODEU - Demônio hebreu, seu domínio é a ira e a luxúria.

ASTAROTH - Ex-querubim celeste, sua função é a do controle do inferno.

BAALLBERITH - Demônio do assassinato e da blasfêmia, ex-líder dos querubins celeste, braço direito de Lúcifer.

BEHEMOTH Habita no deserto

BELIAL  - Demônio da loucura e arrogância. Um dos demônios do apocalipse.

BESTA DO APOCALIPSE  -  Demônio que terá seu reino no apocalipse, assim como Belial.  Alguns acreditam que A Besta do Apocalipse e Belial irão se unir no fim dos tempos, formando assim um único ser. Possui a forma de um dragão.

IBLIS - Senhor do inferno, tradição mulçumana.

NERGAL - Poderoso demônio sumeriano. Na tradição cristã assumiu o comando de policiamento.

PAZUZU - Rei dos Espíritos malignos, ele pode possuir o corpo de um ser humano, domínio: possessão.

DJINN - (JINN, DJINNs) Tipo de demônio, anjos caídos, gênios contrários, gênio. Tradição Islâmica.
Existem Dinjs do fogo, água, ar e terra.  Seus domínios são; desejo e ambição.


** DEMÔNIOS
Anjos caídos, também chamados de:  INÍQUOS,  ESPÍRITOS INÍQUOS,  ANJOS DE LUZ        
* Os demônios se organizam em bandos, legiões, falanges e principados.


** GÊNIOS CONTRÁRIOS
Tipos de demônios, anjos caídos, com domínios contrários aos dos anjos celestiais.

 

 


                                           Deus expulsa lucifer e caidos do reino dos ceus